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sábado, 10 de abril de 2010

AMAR A SI MESMO

 Por: Eritam Lemos de Melo

A priori não confundir o amor por si mesmo com o sentimento mesquinho, egoísta, ambicioso e envenenador que é o egocentrismo. Mas uma autoconsciência acerca de nossas próprias qualidades e defeitos e do entendimento de que ainda que falhos e imperfeitos, somos únicos e especiais criados a imagem e semelhança de Deus.
Em contra partida há uma mídia perversa que a todo o tempo impõe para nós a coisa de "modelo ideal" como a mulher de uma beleza escultural; o homem sarado, culto e bom de grana. Essa propaganda maciça tem o poder maléfico de desestabilizar e destruir a auto-estima daqueles de nós que nos julgamos abaixo desse padrão.
Amar a si mesmo é parte que compõe o todo do segundo maior mandamento dado por Jesus Cristo, no qual amar o próximo ficaria incompleto e com toda a certeza seria impossível. Pois quem não se ama dificilmente conseguirá amar verdadeiramente o outro, pois seu amor será sempre revestido de desconfiança e medo. Assim escreveu o apóstolo João: “No amor não há medo antes o perfeito amor lança fora o medo; porque o medo envolve castigo; e quem tem medo não está aperfeiçoado no amor”.
Eu me converti à fé cristã na adolescência e antes de ir para a igreja curtia bandas de rock, e tinha uma nacional que cantava uma musica cuja letra expressava uma grande verdade, dizendo: “Eu me amo, eu me amo, não posso mais viver sem mim... Agora eu posso até gostar de você, completamente eu vou poder me entregar, é bem melhor você sabendo se amar...” Para amar é preciso primeiro se amar.
Quando não nos amamos, tememos que o outro descubra que não somos bons o suficiente para merecer seu amor. E baseado nisso fingimos sermos quem na realidade não somos, representamos papeis que não são nossos, vivemos uma farsa, uma representação. Usamos mascaras, num empenho desesperado de satisfazer o que julgamos ser o tipo de pessoa que outros esperam que sejamos, recorremos a esse mecanismo como forma de conquistar e garantir a afeição dos outros.
Quem se ama não se compara com os demais, não se coloca abaixo ou acima de ninguém. Não aumenta suas próprias qualidades, mas se valoriza sem ser fanfarrão, sendo absolutamente consciente de quem realmente é, e se porta com dignidade diante dos aplausos ou vaias. Ao amar, evita derribar ou sobrelevar o conceito que tem do outro, e assim aprende a não humilhá-lo ou subestimá-lo e, do mesmo modo, não o endeusa nem o coloca em patamar muito além da realidade humana.
Amar a si mesmo é um requisito fundamental para que o ser humano possa vivenciar a felicidade, sem comprometer a do outro. Gozar da liberdade sem invadir ou desrespeitar a do outro. Embora tenhamos aprendido que a auto-estima é individualista e egoísta, no entanto ela é essencial para que possamos nos expor ao mundo com coragem e confiança.
Enquanto habitarmos nesse corpo de carne os vacilos, deslizes e escorregadelas farão parte da trajetória na nossa existência, porem pela graça de Deus a nós dispensada sempre é tempo de recuperamos, e voltarmos a trás com fé no Cristo da cruz e recomeçarmos tudo de novo. Uma vez que nossa alta auto-estima se firma no fato de reconhecermos que os erros são fundamentais em nosso processo de maturação pelo aprendizado, até alcançarmos à estatura de ser humano perfeito.
Pois se formos capazes de nos amar apesar de nossos fracassos, certamente estaremos nos dando à oportunidade de trilhar novos caminhos e descobrir em nós capacidades e potenciais até então desconhecidas.
Negar algo que é seu significa criar conflito com sua própria natureza. Aceitar-se como um ser individual, é dar um grande passo para adquirir a autoconfiança, e o amor por si mesmo.
Precisamos entender que a natureza não se repete, pois não existe uma duplicata de você em todo o universo, é como se o Criador após ter nos criados tivesse jogado a forma fora. Uma vez que nunca houve entre os bilhões de seres humanos que já habitaram o planeta desde quando ele foi criado, alguém exatamente igual ao outro. Nem nunca haverá, porque cada um de nós é único. Possuidor de características únicas como: a mente, a voz, os movimentos, os defeitos, o olhar, a aparência, a personalidade e a maneira de enxergar o mundo e a vida.
Para mim há quatros pontos que medem o nosso grau de amor por si mesmo, são eles: nada a provar; nada a temer; nada ocultar e nada a perder. Acredito que isso avalia se somos ou não saudáveis em amor. E quem vive assim, vive simplesmente um dia de cada vez ao longo de toda a existência gozando o máximo da vida.
Pois ninguém jamais foi nem será igual ao outro. Como então pensar em si com o valor de centavos? Para Deus você vale muito mais que os reinos de muitos reis! Toda a prata e ouro desse mundo não poderiam comprá-lo; você é muito mais caro do que se possa imaginar, você custou o precioso sangue, do filho de Deus que foi derramado na cruz. Ele (Jesus) o único que tinha todas as razões para nos odiar nos amou primeiro, portanto devemos também nos amar. Portanto a ordem dentro do segundo maior mandamento é: ame-se!

2 comentários:

  1. Graça e paz
    O seu blog é uma benção as mensagens são ótimas
    e o estilo do blog é um dos mais bonitos que já vi
    somos iniciantes no blog e queremos deixar o nosso bem
    bonito também, mas estamos com uma dificuldade...Só Jesus
    Toda ajuda é bem vinda se você puder irmão...
    Obrigada por seguir os Guerreiros e não esquece de nos visitar
    e deixar um comentário.
    xau

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  2. Realmente conhecemos pessoas que para serem "aprovadas" pelos outros fingem ser o que não são, usando máscaras, sendo falsas e acabam enganando só a si mesmas. Ninguém é perfeito, assumir que errou e buscar melhorar o que precisa ser mudado pra se parecer com Cristo é digno, ao contrário de alguém que parece ter duas personalidades (quem confiaria numa pessoa assim?), acabam afastando quem sinceramente conseguiu gostar delas... Amar a si mesmo também é se trabalhar internamente para ser aquele que pode se "orgulhar" de ser quem é.

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